quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

“No meu ponto de vista, podemos fazer o que nós quisermos” - Venom

Diferente do provável, o esperado, Venom em momento algum do filme me parece digno de temor, tendo como algo memorável a relação Eddie-Venom, assumindo um tom romântico e engraçado, óbvio, isto não coloca o filme em derrota, pois não há necessidade de assustar.“Nós somos Venom”, pela primeira vez a palavra “nós” faz sentido nesta frase, havendo diálogo entre simbionte e hospedeiro, um deles memorável: “e aí? O que você quer fazer agora? No meu ponto de vista podemos fazer o que nós quisermos”.

Discorrendo sobre os personagens: para quem acompanha o universo Marvel não há mistério, o enredo tem como personagem principal Eddie Brock, interpretado por Tom Hardy, um repórter, de cunho investigativo, morador de São Francisco, empregado em uma emissora local, contracenando principalmente com Anne Weying (sua namorada), papel interpretado por Michelle Williams, e com Carlton Drake (Riz Ahmed), personagem que idealizou a Fundação Vida, a qual investe em viagens espaciais tendo como fim descobertas que objetivam o uso medicinal na humanidade, uma destas viagens desencadeia os acontecimentos do filme.

A relação entre os fracassados: ao ter acesso a documentos enviados para sua namorada, uma advogada da Fundação Vida, descobrindo assim experiências realizadas de forma ilegal nos laboratórios, Eddie Brock é instigado a denunciar o que descobriu, sem sucesso, é demitido, seu namoro chega ao fim, tudo parece não fazer sentido. Por sua vez o simbionte Venom chega à terra em uma das naves enviadas ao espaço pela Fundação Vida, juntamente com outros de sua espécie, e assim como o hospedeiro, Venom é um fracassado em seu planeta: “no meu planeta eu sou um bundão, assim como você”. Seis meses se passam até que uma funcionária da Fundação Vida procura aquele que tinha se disposto a investigar acontecimento que lá ocorriam, revelando a ele informações sobre os experimentos ilegais envolvendo simbiontes e seres humanos (os menos favorecidos, o que não me parece distante da realidade), utilizados como hospedeiros, com estas informações vindas com um pedido de ajuda, se inicia mais uma vez a busca pela comprovação destas informações, desta vez ele e só ele.

Por fim, o encontro: Eddie Brock encontrou mais do que era por ele esperado, aliás, como Venom diz: “nós encontramos vocês”, ah! Eu esqueci de escrever, ele não é um herói, eu sei, foi o que pareceu, mas também não é vilão, é aquele que possui atitudes moralmente questionáveis, aquele que faz o necessário por um fim. O encontro entre hospedeiro e simbionte leva-os novamente a querer ser mais, demonstrando suas fraquezas, e mostrando o quão são dependentes um do outro, não existindo mais o eu, mas o nós, objetivando o “mais”, neste caso subentendido, pois um mais um é apena um, a relação não é fácil, mas os torna mais fortes, tornando o “quase zero” que eram as chances que ele tinha contra um simbionte com planos reversos ao dele em uma batalha épica de ação para salvar o planeta, com uma trilha sonora bem-intencionada, e na tentativa da manutenção da classificação indicada (12 ano). Sozinhos podemos chegar mais rápido, mas não longe, juntos “podemos fazer o que nós quisermos” - Venom

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